Porquê.

   Um dia tentei explicar-te o porquê das coisas, o porquê de ela ser assim, o porquê do medo.
Se eu fosse ela, já que eu sou como ela, já que somos todas um pouco dela:
 "Começo praticamente tudo a pensar que vai correr mal. Não há uma pinga de positividade em mim até algo me provar o contrário, talvez seja assim por me prender às coisas e guardar tudo em mim, tento ser mais cuidadosa e protetora em relação a mim própria.
 Gostava de conseguir ser tão fria que não me daria a nenhuma pessoa que se aproximasse, mas não sou assim... Deixo entrar no meu mundo aqueles que lhe batem à porta e vêm, aparentemente, com as maiores intenções de lá continuar! Não basta voltarem a sair pela porta para deixarem de cá estar, não é um "adeus" que muda o que cá ficou, o que marcaram em mim e o que não vai passar. Nem 1 ano depois, nem 2, nem 3.
 Vejo sempre o que as pessoas fazem de bom por e para mim, e só isso. Custa ir abrindo os olhos e tentar sair deste buraco. Porque sim, assim, transformo o meu mundo num buraco fundo e escuro... No entanto quente.
 Vi em ti, e em ti e alguns 'tis' que por aí andam tudo o que precisava e fiz de ti o centro do mundo, que era meu. Era um 'novo começo', dizia eu. Mas tudo o que começa, acaba. Com tantos novos começos que devia ter parado de doer. Mas não.
 Começo praticamente tudo a pensar que vai correr mal. E vai mesmo. Nada do que nos trás umas coisas boas nos deixa ficar com todas as outras."
Porque a entendo, a vivo e o sinto tal e qual. Porque se não percebes assim, não percebes nada.

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