A solidão é dentro de ti teres a imagem de algo que não tens, é o vazio que fica do que não atinges, do que queres mas não podes ter.
A solidão é o rancor de teres muita gente à tua volta que não contribui para a tua felicidade, ficas preso ao quase, quase fizeste algo pela tua felicidade. 
A solidão não é estares numa sala vazia, solidão é olhares para dentro e teres uma sala vazia dentro de ti.
A solidão é aquele medo de não ser aceite, deixares-te ficar no teu canto porque estares só é melhor do que seres rejeitado.
A solidão é olhar o espelho e não te reconheceres.
A solidão é entregares-te a alguém que te deixa sem aviso e te parte em mil pedaços que ninguém quer apanhar. Apanha-los tu, no silêncio de um choro perdido, só teu, tão só.
A solidão é a incompreensão do que se sente.
A solidão começa em quem a sente.
Vives num mundo do qual não fazes parte. Passas a sentir-te um nada porque um todo despedaçado, já não é um todo. Só nada. Só, nada. Tudo te chega, por escassos momentos, parece que vives conformado com a desgraça. Mas a solidão é contornável, não é um fim.
"Depois da tempestade vem a bonança" e, para além de um ditado popular, confirma-se. Há sempre outro caminho. Combater a nossa solidão, contornando-a. Assim faz sentido.

A solidão é uma batalha para encontrares em ti o caminho, não há nada insolucionável.
Tu encontras, encontras sempre.

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