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Assustador

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Assustador. É assustador fechares os olhos e veres outro corpo e todos os seus contornos. Contornos que não vês do teu. De uma maneira doce e que traz cheiro, traz felicidade.  É assustador. O amor tem destas coisas. A paixão é diferente, na medida em que fechas os olhos e também a vês, de uma forma mais colorida até, de forma fugaz e rápida.  A paixão é aquela de que te ris envergonhada, que te faz corar e pensar que aquilo é que é vida. O amor é aquele que te dá segurança, ao mesmo tempo que te faz revirar a cabeça na busca de soluções para que nunca se acabe. O amor faz dor de barriga, faz viver cada dia. É casa e é roupa do corpo. É felicidade e angústia.  A paixão é o espirito daquela tua amiga que se apaixona quando saí à noite. O amor é o coração daquela tua amiga que te diz que não para ficar no sofá ao sábado à noite, enroscada em 20 mantas a ver uma série do início ao fim.  Uma ou outra moram em nós. Mas uma ou outra já morou em nós.  Não é preto no branco, ou me

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A solidão é dentro de ti teres a imagem de algo que não tens, é o vazio que fica do que não atinges, do que queres mas não podes ter. A solidão é o rancor de teres muita gente à tua volta que não contribui para a tua felicidade, ficas preso ao quase, quase fizeste algo pela tua felicidade.  A solidão não é estares numa sala vazia, solidão é olhares para dentro e teres uma sala vazia dentro de ti. A solidão é aquele medo de não ser aceite, deixares-te ficar no teu canto porque estares só é melhor do que seres rejeitado. A solidão é olhar o espelho e não te reconheceres. A solidão é entregares-te a alguém que te deixa sem aviso e te parte em mil pedaços que ninguém quer apanhar. Apanha-los tu, no silêncio de um choro perdido, só teu, tão só. A solidão é a incompreensão do que se sente. A solidão começa em quem a sente. Vives num mundo do qual não fazes parte. Passas a sentir-te um nada porque um todo despedaçado, já não é um todo. Só nada. Só, nada. Tudo te chega, por

Desejos

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  Já quis ser muitas coisas, tive muitos sonhos, ideias, nunca deixei de os ter, reinvento-me constantemente. À medida que cresço, descubro o que há para além do que vejo e encontro explicações, mas sinto que há sempre mais e mais em falta para preencher esta precocidade, esta minha imaturidade. Para encontrar as palavras que faltam.   A ideia do que a vida deve ser desvanece com o tempo, tudo se altera e todas as modas passam, vemos e experimentamos muito, guardamos tudo para construir os nossos ideais, as nossas religiões e, sobretudo, para moldar o adulto que vamos ser. Nunca tive mais que dezassete anos, mas é isto que sinto, que muito do que já vivi me vai guiar vida fora.   O tempo não para, seguimos a esconder a ansiedade do que vem a seguir, com bolsos cheios de desejos e esperanças...   Mas todos os desejos se esmorecem quando os deixamos poisados à espera que se realizem só porque tem que ser.   Desejos são "a vontade de ter ou obter algo",  não nos basta a vont